A CERIMÔNIA DA CELEBRAÇÃO
Com essas breves e pertinentes ponderações, algumas questões ganham relevância e
precisam ser pontuadas.
O local adequado
O local adequado
A maioria dos cristãos diria que deve ser num templo. No
entanto, não há fundamento bíblico para restringir o ato de celebração pela
chegada de um filho a este ou aquele lugar.
O VERDADEIRO TEMPLO ONDE SE
DEVE DAR
A CONSAGRAÇÃO DE UM FILHO
É O CORAÇÃO DOS PAIS.
Qualquer pai ou mãe, no momento em que recebe nos braços pela
primeira vez o filho ou filha, ainda na sala de parto, pode oferecê-lo a Deus.
Ou juntos, no momento em a criança é levada até a mãe. Ou ainda em momento
posterior no recôndito do seu lar, juntos ou individualmente. O momento ou
local pouco importam, por mais inusitados que sejam.
Uma vantagem de se fazer a celebração em local neutro é que
muitos convidados que não iriam a uma igreja prestigiam o convite, pois que não
terão que se sujeitarem a assistir a uma longa reunião, para participarem de um
ato que dura questão de minutos.
Outro aspecto positivo é que pais que não se encontram vinculados a determinada instituição religiosa podem celebrar a chegada do filho com um ato público de ações de graça, pois o que de fato conta é o que creem.
O oficiante
A presença de um ministro ao ato de consagração não lhe confere
maior validade ou significado espiritual. Não temos no Novo Testamento respaldo
para intermediação nesse ato. Os pais levavam os filhos diretamente a Jesus.
Não pressupõe a necessidade de um líder religioso para validá-lo, apenas empresta-lhe formalidade, o que não se confunde com solenidade, pois, se praticado diante de Deus e para ele, todo ato é solene. Aliás, os
possíveis intermediários à época de Jesus só atrapalharam.
Tampouco prevê a
substituição dos pais por algum parente – avós, tios – que, muitas vezes, chamam
a si a responsabilidade de levar a criança a uma igreja para ser consagrada, em
face da inércia ou desinteresse daqueles. É um ato de ações de graça dos pais. Optando os pais
pela condução da cerimônia por um oficiante – o que às vezes é recomendado em
razão do perfil dos convidados –, deve este ser incluído no certificado e
assiná-lo ao final, conforme modelo exposto.
Assim é que, se a consagração não houver ocorrido no coração dos
pais ou pelo menos no de um deles, nenhum valor terá o cerimonial, por mais
elaborado que seja o ato, santo o oficiante e sacro o lugar escolhido.
O ato
público deve ser mera ratificação de um ato privado, ocorrido interiormente,
motivado pela consciência da responsabilidade pela vida a si confiada. O que
valida o ato é com certeza a sua motivação e não sua formalidade.
A idade da
criança
Não há idade ideal para a consagração de crianças. Sabe-se,
porém, que, quanto mais novas, mais fácil, porque passam maior parte do tempo
dormindo. Mas, para que a mãe possa participar de tudo mais tranquilamente,
seria bom respeitar seu tempo de recuperação e adaptação. A partir dos dois
meses alguns ritmos vão-se estabelecendo entre a mãe e bebê, embora os três
primeiros meses sejam cruciais. A pessoa mais indicada para dizer a melhor
época é mesmo a mãe.
Outra vantagem de se proceder à cerimônia em local distinto do
templo é poder flexibilizar o horário mais adequado para o ato, aguardando o
momento em que a criança estiver calma, alimentada, ou até mesmo dormindo, o
que não é possível quando inserido na programação de um culto.
Oração pela criança
Caso os pais optem por uma cerimônia formal, têm em Lucas duas
referências ao crescimento de Jesus, que podem constituir a essência da oração
pela criança que está sendo consagrada:
Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de
sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.
Lucas 2.40.
E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça,
diante de Deus e dos homens. Lucas 2.52.
Ver o filho crescer fisicamente, em sabedoria e graça diante de
Deus e dos homens. Que maior aspiração podem ter os pais?
Criá-lo de forma a agradar a Deus, que lhe confiou aquela nova vida. Não
deveria ser essa a principal preocupação do pai e da mãe em relação ao filho?
Na celebração
a música também dá o tom
Não se concebe uma celebração sem música. Por isso, outro
aspecto importante da cerimônia é a seleção de hinos ou corinhos apropriadas à
ocasião, de preferência infantis. E as opções são incontáveis.
Uma boa sugestão é o hino “Oração por uma criança” [455 do
hinário adventista], que, como o próprio nome indica, é uma oração. Mas é
importante lembrar de fazer a adaptação da letra de acordo com o sexo da
criança ou apenas trocar a palavra “menina” por “criança”, deixando o restante
do texto no feminino.
A decoração
ambiente
O ambiente pode ser decorado de acordo com o tema escolhido,
harmonizando-se com as cores do certificado e do convite. A mesma moldura pode
ser utilizada como base para textos bíblicos relacionados, afixados de forma a
facilitar sua leitura. Listamos à frente alguns relacionados à ocasião.
Outra boa ideia é montar um painel com fotos da criança e dos
pais, de preferência com a mesma idade.
Além dos textos bíblicos, algumas frases sobre “exemplo” são uma
boa ideia; sugerimos algumas mais à frente.
Registrando o
momento especial
Importante registrar esse momento da vida da criança. Uma boa
medida é fazer uma lista de fotos, que, se bem elaborada, evita ter-se que ficar
explicando quem é quem em cada uma. Por exemplo: pais ao centro com a criança,
avós maternos ao lado da mãe e os paternos ao lado do pai; com os tios; com
tios-avós; com primos, etc.
Celebração
combina com festa
Se o momento é de celebração, por que não incluir algum tipo de
refeição, adequada à hora escolhida para a cerimônia: agendada para a tarde,
pode-se seguir um coffee break. A
estação do ano pode ajudar na escolha do cardápio, principalmente se ocorrer no
inverno.
Caso haja crianças, a mesa de doces pode ser montada
prestigiando o gosto infantil. Também um bolo pode compor a mesa, decorado com
o termo escolhido para a cerimônia: apresentação, dedicação ou consagração, ou
ainda com o nome da criança.
Por fim, cai bem uma lembrancinha para ser entregue aos
convidados ao final.
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